sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A liberdade de um baloiço

Quando era ainda mais pequena do que sou hoje, a minha maior alegria era sentir-me livre. Fosse em que momento fosse eu queria era sentir-me livre e quando o senti realmente foi a andar de baloiço.
Lembro-me como se fosse hoje, da primeira vez que andei de baloiço, Primeiro, nem sabia como me pôr em cima daquele pequeno rectângulo de madeira verde, depois, nem sabia como me baloiçar sem que me empurrassem, e por fim, tinha imenso medo de cair. Mas tal como em tudo na vida, perdi o medo e ensinaram-me, aprendi.
Quando finalmente consegui fazer tudo sozinha, a sensação foi das melhores que alguma vez senti. Senti que podia ir até às nuvens, que para mim, nessa altura ainda eram de algodão doce, senti que podia voar tal como um pássaro, mas a ilusão pouco tempo durou.
Pouco tempo depois tive de voltar a casa, mas sempre que andava de baloiço me sentia igualmente livre, sentir o meu corpo balançar ao sabor do vento, sentia-o a explodir de tanta emoção.
Hoje sei, que nem eu nem ninguém é totalmente livre, há sempre algo a intrometer-se, a estragar o momento e a felicidade que sentimos, mas nós, como humanos que somos, temos de aprender a dar a volta por cima.

O tempo passa e continuo com a mesma vontade: ‘ Um dia QUERO ser pássaro, um dia… ‘

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